] A importância do acompanhamento cardiológico | Promed Macapá



A importância do acompanhamento cardiológico

Compartilhe:


 É importante o acompanhamento cardiológico mesmo em indivíduos sem doenças cardíacas?

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que as doenças cardiovasculares (DCV) foram responsáveis por 30% da mortalidade no mundo nas últimas décadas. Dentre os diversos subtipos destas doenças, destacam-se o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como “derrame”. O impacto das DCV no mundo contemporâneo justifica o acompanhamento cardiovascular mesmo em indivíduos adultos sem manifestação aparente de doenças sistêmicas, visando a identificação de fatores de risco e adequada prevenção de eventos cardiovasculares.

 

Como acontece o IAM e o AVC?

                Apesar do IAM e do AVC apresentarem variados mecanismos de ocorrência, a grande maioria de ambos os casos são consequência de um mesmo processo, chamado de aterosclerose. Objetivamente, tal alteração pode ser compreendida como uma doença inflamatória crônica no interior dos vasos sanguíneos, levando à formação de placas de ateroma (placas de colesterol, gordura e outras substâncias). Desta forma, a evolução da doença pode ter como resultado o estreitamento e obstrução dos vasos sanguíneos afetados, muitas vezes se manifestando clinicamente através do IAM e do AVC.

               

Como prevenir o IAM e o AVC?

É de grande importância a compreensão de que aproximadamente 90% dos casos de infarto e AVC estão relacionados a fatores de risco potencialmente controláveis, destacando-se:

- Dislipidemia (alteração do colesterol);

- HAS (hipertensão arterial sistêmica);

- DM (diabetes melitus);

- Tabagismo;

- Obesidade;

- Sedentarismo;

- Fatores psicossociais (estresse, depressão e ansiedade); e

- Dieta inadequada.

A identificação destes fatores de risco permite intervenções clínicas que podem reduzir significativamente a chance de ocorrência de eventos como IAM e AVC.

 

O acompanhamento com cardiologista só é importante para pacientes já com doença manifesta ou fatores de risco identificados?

A prevenção de eventos cardiovasculares não deve ser restrita a pacientes já com diagnóstico de doenças crônicas ou com fatores de risco identificados previamente. Indivíduos assintomáticos e sem antecedentes de doenças também se beneficiam do acompanhamento clínico especializado. Em tal contexto, o cardiologista pode calcular o risco que cada paciente possui para a ocorrência de eventos cardiovasculares nos próximos 10 anos e ao longo da vida, o que é conhecido como risco cardiovascular. A partir de então, o manejo clínico do paciente é realizado de forma individualizada, com metas específicas atreladas ao risco cardiovascular encontrado. 

 

 

 Dr. Diandro Marinho Mota
 Residência Médica em Cardiologia e Ecocardiografia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP
e Doutorando em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP).

Membro titular do corpo clinico da Clinica Promed


Compartilhe: